homem com termômetro em dúvida se pode estar com pneumonia sem febre.

Principal complicação da gripe, a pneumonia é responsável por cerca de 600 mil internações anuais e é conhecida por causar elevação da temperatura e insuficiência respiratória grave. Porém, existe uma forma de pneumonia sem febre e com sintomas mais leves que também merece atenção, pois é contagiosa e traz riscos para outras pessoas 1.

Conhecida como atípica, silenciosa ou ambulante (do inglês walking pneumonia), estima-se que seja responsável por 40% dos casos. O quadro pode ser confundido com um resfriado comum ou sequer causar incômodo notável. Existem até pessoas que continuam seus afazeres de rotina sem apresentar qualquer mal-estar devido à infecção 2,3.

No entanto, a condição continua perigosa e, sobretudo, contagiosa. Ou seja, mesmo que seu quadro seja leve, a propagação de patógenos pode colocar em risco a saúde de quem está ao seu redor 2,3.

Para evitar esse cenário, confira no post como identificar um possível quadro de pneumonia sem febre e sintomas clássicos, como se tratar e o que fazer para prevenir esse tipo de infecção. Aproveite a leitura!

Resumo

  • É possível ter pneumonia sem febre e outros sintomas graves. Estima-se que essa forma da doença seja responsável por até 40% dos casos e provoque ciclos epidêmicos com pico a cada três ou sete anos 2.
  • A condição pode ser classificada como pneumonia atípica, silenciosa ou ambulante. Como os sintomas são moderados e não impactam a rotina, a pessoa doente continua a frequentar o trabalho, por exemplo, e pode facilitar a propagação de patógenos 3,4.
  • Os sintomas de pneumonia sem febre incluem tosse seca e persistente, fadiga leve e mal-estar, cefaleia, mialgia, inflamações nas vias aéreas superiores, desconforto gastrointestinal e, às vezes, de falta de ar 2,4.
  • Em geral, não há diferença em como tratar a pneumonia com base no tipo de infecção 3-5.
  • Na maioria das vezes, recomenda-se o tratamento de suporte, com antitérmicos e analgésicos para amenizar os sintomas, além de reposição de fluidos, alimentação leve e repouso. Já nos casos bacterianos, mesmo os assintomáticos, exigem o uso de antibióticos prescritos pelo médico 3-5.

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O que é a pneumonia?

É a infecção dos pulmões e tecidos adjacentes aos alvéolos pulmonares, pequenos sacos de ar que se inflamam na respiração. Pode ser desencadeada pela ação de vírus, bactérias e, às vezes, fungos. Geralmente, o quadro afeta pessoas com o sistema respiratório mais sensível ou que estão com a imunidade baixa 3.

A pneumonia compromete a oxigenação do sangue e pode causar desde sequelas graves até a morte. Muitos casos ocorrem após uma infecção aguda das vias aéreas da qual o corpo não conseguiu se livrar totalmente, principalmente a gripe e a COVID-19 3,5.

Quais são os sintomas comuns da pneumonia?

Os principais são 3:

  • febre alta;
  • tosse seca ou produtiva;
  • fadiga extrema;
  • falta de ar (insuficiência respiratória);
  • fôlego curto ou acelerado;
  • aumento no ritmo cardíaco;
  • calafrios e suor frio;
  • dor torácica e/ou abdominal;
  • perda de apetite;
  • cianose (pele e lábios azulados);
  • confusão mental.

É possível ter pneumonia sem febre?

Sim, é possível. Também conhecida como pneumonia atípica, silenciosa ou ambulante, a forma mais leve da infecção pode ter apenas febre baixa (febrícula) ou ausência total de temperatura, além de sintomas mais moderados. Segundo estimativas, essa variação causa entre 15% e 40% dos casos da doença 2,4.

Quais são os principais tipos de pneumonia?

Em geral, a infecção pulmonar pode ser classificada de acordo com a causa, características dos sintomas ou local de contaminação. Com base nesses critérios, os principais tipos de pneumonia são bacteriana, viral, aspirativa, obstrutiva, atípica ou silenciosa, adquirida na comunidade (PAC) e adquirida no hospital (PAH) 3,5.

1. Bacteriana

As bactérias que comumente provocam a pneumonia são 5:

  • Streptococcus pneumoniae;
  • Haemophilus influenza;
  • Chlamydia pneumoniae;
  • Legionella;
  • Mycoplasma pneumoniae.

Além disso, a pneumonia bacteriana pode decorrer da ação de patógenos mais resistentes a antibióticos e, portanto, difíceis de tratar, como é o caso da Staphylococcus aureus 5.

2. Viral

Muitos vírus podem desencadear a infecção pulmonar. Os principais são 5:

  • vírus da influenza (gripe);
  • rinovírus e adenovírus (resfriado comum);
  • vírus sincicial respiratório (VSR);
  • SARS-CoV-2 (COVID-19).

3. Aspirativa

A pneumonia aspirativa é caracterizada pela infecção na qual partículas maiores, como secreção e pedaços de alimentos, são aspiradas e ficam alojadas nos pulmões 3.

4. Obstrutiva

A pneumonia obstrutiva ocorre quando as vias aéreas ficam congestionadas ou bloqueadas, como no caso de tumores no trato respiratório. Nesses cenários, pode haver crescimento incomum de bactérias no local da obstrução 3.

5. Atípica ou silenciosa

A pneumonia sem febre e sintomas graves é conhecida como atípica ou silenciosa. Muitos desses casos são confundidos com uma virose simples, como o resfriado comum, e não impactam o dia a dia da pessoa doente 3,4.

O paciente pode seguir sua rotina sem saber que está com uma infecção pulmonar e, assim, facilitar a transmissão de patógenos nos ambientes que frequenta. Por esse motivo, a condição também é chamada de pneumonia ambulante (walking pneumonia) 3,4.

No que diz respeito a como tratar a pneumonia atípica, os cuidados recomendados são parecidos com os da gripe e do resfriado. Ou seja, repouso, hidratação, alimentação leve e medicação para alívio dos sintomas 3,4.

6. Adquirida na comunidade

O termo se refere aos casos que se desenvolvem nas próprias comunidades. Geralmente, são causados por patógenos mais comuns e fáceis de se tratar, como a maioria dos vírus e bactérias mencionados 3.

7. Adquirida no hospital

Ambientes hospitalares apresentam maior risco de contaminação por patógenos mais resistentes. Dessa forma, a infecção adquirida em unidades de saúde pode ser mais difícil de tratar, já que os tratamentos mais comuns não dão conta de combater a sua causa 3.

Conforme citado, a pneumonia provocada pela bactéria Staphylococcus aureus é um exemplo, já que se trata de um patógeno resistente aos fármacos do grupo das penicilinas 3,5.

Quais são os sintomas de pneumonia sem febre?

Normalmente, os casos atípicos provocam apenas febre baixa ou febrícula, ou ausência total de febre. Além disso, podem desencadear sintomas clássicos de gripe e resfriado, como garganta inflamada, cansaço ou fadiga, dor ou desconforto no peito, calafrios, tosse, geralmente seca e persistente, espirros e dor de cabeça (cefaleia) 2,4.

Quem tem mais risco de ter pneumonia atípica?

Os principais grupos de risco são 3-5:

  • crianças até dois anos;
  • idosos com mais de 65 anos;
  • pessoas imunocomprometidas;
  • pacientes com asma, enfisema ou doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • fumantes;
  • pessoas que usam corticoides regularmente;
  • indivíduos que residem ou trabalham em locais com aglomeração, como escolas, dormitórios e abrigos.

O que é pneumonia seca?

Não é comum o termo pneumonia seca na literatura médica, mas seu uso popular pode se referir a formas da infecção pulmonar que não causam acúmulo de catarro, expectoração e tosse produtiva. Como se trata de um quadro mais leve, pode ser uma variação da pneumonia silenciosa ou atípica 3.

Como tratar pneumonia com e sem febre?

Para os casos leves, o cuidado pode ser feito em casa, com hidratação, repouso, alimentação leve e uso de remédios para aliviar os sintomas, como os antitérmicos, analgésicos e antigripais. Além disso, sempre que houver suspeita de origem bacteriana, o médico pode prescrever o uso de antibióticos 3-5.

Nos quadros mais graves, a infecção impede a oxigenação do sangue e pode causar complicações graves. Nesses cenários, pode ser necessária a hospitalização para assegurar o tratamento mais adequado 3-5.

Em geral, é bom ir ao médico se apresentar um ou mais dos seguintes sinais de alerta 3-5:

  • tosse persistente;
  • dificuldade para respirar ou falta de ar extrema;
  • febre alta, principalmente quando não baixa com remédios;
  • dor no peito;
  • confusão mental;
  • fadiga excessiva e incomum;
  • pertencer a qualquer um dos grupos de risco, principalmente crianças pequenas, idosos e pessoas imunocomprometidas.

Como prevenir a pneumonia?

Para finalizar o post sobre a pneumonia sem febre, veja dicas de como prevenir a infecção pulmonar 3,5:

  1. Evitar o cigarro;
  2. Fazer exercícios de respiração profunda e terapias para remoção de fluidos dos pulmões;
  3. Reforçar a higiene pessoal para evitar patógenos respiratórios;
  4. Evitar aglomerações sempre que puder;
  5. Tomar vacinas que ajudam a proteger parcialmente contra a pneumonia, como é o caso dos imunizantes para gripe, catapora, COVID-19, vírus sincicial respiratório e as bactérias Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae tipo B.

Saiba mais em: Prevenção da pneumonia: como evitar o risco elevado com a chegada do inverno?

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Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Trabalha na indústria Farmacêutica desde os anos 2000, vindo a atuar nas áreas de Saúde Feminina, Consumer Health, Clínica Geral, Pediatria, Dor e Inflamação, Reumatologia, Similares e genéricos.

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