homem maduro tossindo com as mãos no rosto e expressão de cansado

Doenças crônicas que afetam o trato respiratório inferior são, geralmente, condições mais preocupantes, pois exigem cuidado e acompanhamento médico constante para minimizar os riscos. Um exemplo é a bronquiolite obliterante, popularmente conhecida como pulmão de pipoca 1.

Esta síndrome atinge especificamente os bronquíolos, pequenos tubos que ligam os brônquios aos alvéolos pulmonares. Ao se inflamarem, bloqueiam o fluxo de ar e comprometem a capacidade respiratória 2.

Infelizmente, não há cura para esta doença. Logo é fundamental entender os fatores de risco, gatilhos de crise e, principalmente, aprender a identificar os sintomas do pulmão de pipoca. Assim, você pode reagir aos primeiros sinais e atuar no controle dos episódios com mais facilidade 2.

Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

Resumo

  • A bronquiolite obliterante, popularmente chamada de síndrome do pulmão de pipoca, é uma doença obstrutiva crônica que afeta os bronquíolos pulmonares. As crises causam inflamação recorrente das vias aéreas inferiores, o que pode bloquear o fluxo de ar 1,2.
  • O nome popular se refere aos primeiros registros da doença, no início dos anos 2000, associados à exposição prolongada ao diacetil, aditivo aromatizante usado na fabricação de pipocas para micro-ondas 1.
  • Atualmente, as causas incluem infecções respiratórias, inalação de substâncias tóxicas, uso de cigarros eletrônicos (vapes), complicações do transplante de órgãos e doenças autoimunes do sistema respiratório 1-3.
  • Os sintomas mais comuns são tosse e dispneia (respiração ofegante), principalmente durante ou após esforço físico. Outras queixas incluem cansaço excessivo, febre, suor noturno, erupções cutâneas e chiado ao respirar 1.

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O que é a síndrome do pulmão de pipoca?

Conhecida oficialmente como bronquiolite obliterante, é um tipo de doença obstrutiva crônica que atinge os bronquíolos, pequenos tubos que conectam os brônquios aos alvéolos. Durante as crises inflamatórias, essas estruturas desenvolvem um inchaço que prejudica o fluxo de ar e impede a troca gasosa essencial para a oxigenação do sangue 1,2.

Gradualmente, a inflamação recorrente causa danos e formação de tecido cicatricial (cicatrizes) no revestimento superficial das vias aéreas. Dessa forma, o quadro prejudica o funcionamento normal do aparelho respiratório, em especial na capacidade de filtrar o ar inalado e realizar a troca gasosa normalmente 1,2.

Por que recebe esse nome?

Provavelmente, o nome popular da doença surgiu no início dos anos 2000, quando pesquisadores identificaram estes quadros clínicos entre os trabalhadores de fábricas de pipoca para micro-ondas. Ao buscar o motivo, descobriram que essas pessoas ficavam expostas a uma substância tóxica chamada diacetil, utilizada como aromatizante e saborizador artificial 1.

Apesar de proporcionar o cheiro amanteigado adorado por muitos, a exposição prolongada durante o processo de fabricação do alimento foi identificada como  possível causa da bronquiolite crônica 1.

Vale ressaltar que esse aditivo não era utilizado apenas para a produção de pipoca para micro-ondas. Em geral, era possível encontrá-lo entre os ingredientes de bolos, biscoitos, margarinas e salgadinhos. Outro ponto importante é que o risco está na inalação da substância 1.

Essa descoberta foi feita nos EUA e, posteriormente, a maioria das fabricantes decidiu remover o componente das receitas. De qualquer forma, é melhor ficar atento e conferir a lista de ingredientes dos itens que leva para casa 1,3.

O que causa a síndrome do pulmão de pipoca?

Esta síndrome é causada principalmente por infecções respiratórias virais e bacterianas, como a bronquiolite infantil aguda, inalação de substâncias tóxicas e uso de cigarros eletrônicos. Além disso, pode ocorrer como complicação de transplantes de órgãos devido à infecção hospitalar e doenças que baixam a imunidade, como pneumonia, bronquite e condições autoimunes 1,4.

1. Infecções respiratórias

No primeiro caso, destacamos que a doença obstrutiva crônica pode ser uma complicação de infecções respiratórias, tanto virais quanto bacterianas. Nesse cenário, a origem do quadro costuma ser a bronquiolite infantil aguda, como a causada pelo adenovírus 1-4.

Um estudo com 48 crianças identificou que a condição afeta principalmente bebês do sexo masculino com idades entre 3 e 126 meses 4.

2. Inalação de substâncias tóxicas

A inalação de substâncias tóxicas é a causa mais conhecida dessa forma de bronquiolite. Afinal, a condição ficou famosa por atingir trabalhadores da indústria alimentícia expostos ao diacetil. Conforme explicado, além das fábricas de pipoca para micro-ondas, outros segmentos usam esse componente, inclusive na confecção dos seguintes produtos 1:

  • bolos;
  • biscoitos;
  • salgadinhos;
  • laticínios;
  • doces;
  • cafés.

Outras substâncias nocivas incluem 1:

  • acetaldeído;
  • amônia;
  • cloro;
  • formaldeído;
  • ácido clorídrico;
  • óxidos de nitrogênio;
  • dióxido de enxofre.

Para esses casos, a melhor forma de se prevenir é por meio do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), principalmente máscaras e respiradores com filtragem especial 1,3.

3. Uso de cigarros eletrônicos

Apesar do risco conhecido para funcionários do setor de alimentos, outros públicos não estão livres do risco de bronquiolite obliterante devido à inalação de substâncias tóxicas 3.

Se você utiliza cigarros eletrônicos, saiba que o diacetil, bem como os compostos pentanodiona e acetoína, igualmente nocivos, foram identificados entre os componentes de pelo menos 92% dos vapes “saborizados” 3.

4. Complicação de transplantes

Pessoas que passaram por transplantes de órgãos podem adquirir patógenos hospitalares e desencadear inflamação crônica após o procedimento cirúrgico. Esse cenário é raro, mas possível 1,2.

5. Outras doenças

Por fim, doenças e condições que baixam a imunidade podem facilitar o desenvolvimento da síndrome pulmonar. Entre os exemplos, podemos destacar 1,2:

  • artrite reumatoide;
  • pneumonia;
  • bronquite;
  • síndrome de Stevens-Johnson (condição autoimune que resulta em reações alérgicas severas e inflamações que afetam a pele e as mucosas).

Leia também: Quais são os sintomas da bronquiolite em bebês? Como tratar?

Quais são os sintomas de pulmão de pipoca?

Os sintomas mais comuns são 1:

  • tosse seca ou produtiva (com catarro);
  • chiado no peito;
  • fôlego curto e falta de ar (dispneia);
  • cansaço;
  • febre;
  • suores noturnos;
  • erupções cutâneas.

Normalmente, a falta de ar e a tosse ocorrem durante e após esforço físico 1.

Como é o tratamento da bronquiolite obliterante?

A síndrome do pulmão de pipoca é uma condição rara, apesar de grave e incurável. Em geral, o tratamento consiste em 1,2:

  1. Evitar a exposição aos produtos químicos que causam ou agravam as lesões pulmonares;
  2. Largar o cigarro, seja o convencional ou os eletrônicos;
  3. Usar corticoides para combater a inflamação, com o devido acompanhamento médico;
  4. Utilizar inaladores para aliviar crises respiratórias e facilitar a atividade pulmonar;
  5. Durante cenários de baixa saturação, suplementar o fornecimento de oxigênio por meio de cânula nasal (oxigenoterapia).

Na maioria dos casos, as lesões provocadas ao tecido dos bronquíolos são severas e permanentes, a menos que a condição seja detectada precocemente 1.

Não há tratamento padrão para a doença. Dessa forma, o papel do médico é essencial para encontrar as medidas mais assertivas e eficazes para cada caso 1.

Assim finalizamos o post. Esperamos que tenha gostado e aprendido mais sobre o tema. Para mais conteúdos informativos e guias sobre gripes, resfriados e sintomas respiratórios, continue ligado em nosso blog. Até a próxima!

Sobre o autor

Dr. Márcio de Queiroz Elias

Trabalha na indústria Farmacêutica desde os anos 2000, vindo a atuar nas áreas de Saúde Feminina, Consumer Health, Clínica Geral, Pediatria, Dor e Inflamação, Reumatologia, Similares e genéricos.

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