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Os sintomas de estresse mais famosos são a irritabilidade e as alterações do humor que podem acontecer devido a momentos difíceis. Porém, esses problemas são apenas a ponta do iceberg. 1
O transtorno de estresse é uma condição que deixa o cérebro em constante estado de alerta, quadro que demanda muita energia e altera o funcionamento padrão do organismo. Nesses casos, o corpo se prepara para enfrentar cenários de vida ou morte que nunca chegam. 2
Como resultado, é possível notar uma série de problemas, tanto físicos quanto mentais. É comum apresentar distúrbios psicológicos variados, como ansiedade e depressão, alterações gastrointestinais, insônia, baixa produtividade, cansaço e viroses frequentes. 1
Nesse post, vamos mostrar como os sintomas de estresse impactam a rotina e o bem-estar, capazes de prejudicar até o funcionamento do sistema imunológico, fazendo com que gripes, resfriados e outras infecções se tornem mais fortes e recorrentes.
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O transtorno de estresse é uma disfunção do corpo humano, causada por um evento traumático ou pressão excessiva na rotina diária. Nesses casos, a pessoa vive preocupada, angustiada e em estado de alerta, situação potencialmente incapacitante, a medida em que provoca desgaste extremo para o corpo e a mente. 3
Na prática, o estresse parte de uma reação natural do organismo quando enfrentamos uma situação de perigo, ligado ao instinto de sobrevivência do ser humano. A condição provoca os mecanismos de alerta e proteção do organismo, alterando o estado físico e mental.3
Assim, o corpo modifica o estado de atenção, a atividade cardiorrespiratória e o metabolismo energético, para acionar o mecanismo de fuga ou luta assim que percebe qualquer sinal de perigo. 3
No entanto, quando o quadro se estende por longos períodos e não parte de causas reais, provoca um enorme desgaste ao organismo, prejudicando o sono, a socialização, a produtividade e a manutenção da saúde. 3
O transtorno de estresse é uma condição médica que pode ser classificada de acordo com o agente causador do problema e a forma como ele afeta cada pessoa, quanto a duração e a intensidade dos sintomas. Dessa forma, o estresse pode ser agudo, pós-traumático ou crônico. 3
Um quadro agudo é provocado por eventos impactantes e traumas, situações que causam um pico de adrenalina, preocupação e tristeza, como ficar sabendo da morte de um ente querido, receber uma notícia ruim, como um diagnóstico de doença, ser demitido ou casos similares. 3
Nessas condições, o transtorno é intenso, porém, temporário. As crises de estresse agudo, geralmente, duram menos de 30 dias. Se os sintomas persistirem por mais tempo, o diagnóstico mais provável é o de estresse pós-traumático, no qual a pessoa revive o evento mentalmente e evita situações do cotidiano, por medo de que o episódio se repita. 3
Por outro lado, também é importante destacar o transtorno de estresse crônico, que ocorre quando a pessoa sofre constantemente com preocupação, pressão social e falta de lazer. É comum para quem está endividado, recebe muita cobrança em casa ou no trabalho e tem pouco tempo para relaxar e cuidar de si mesmo. 3
Os sintomas de estresse crônico se manifestam no corpo e na mente. Em geral, não são tão intensos quanto em casos envolvendo traumas. Porém, a condição pode persistir por meses ou até anos, comprometendo bastante a qualidade de vida da pessoa. 3
Os sintomas de estresse afetam todos os sistemas que formam o corpo humano. O impacto vai muito além do emocional, podendo ser notado nas atividades cardiovascular, respiratória, muscular, metabólica, endócrina, gastrointestinal, nervosa e até reprodutiva. 1
A seguir, vamos destacar e comentar a respeito das principais queixas de quem sofre desse transtorno, para compreender o que está por trás desse mal-estar e o real dano que a condição é capaz de causar, para a saúde e o cotidiano.
A irritabilidade é um dos sintomas de estresse mais característicos. 2
Esse quadro está relacionado às alterações que o transtorno provoca no sistema nervoso, indicando uma possível ameaça à vida ou ao bem-estar da pessoa, por conta dos altos níveis de adrenalina e cortisol secretados pelo cérebro, hormônios que controlam a reação instintiva de sobrevivência. 1
Nesses casos, a pessoa fica irritada com qualquer coisa, pois está em pleno estado de alerta e, possivelmente, percebe tudo ao seu redor como uma potencial ameaça, respondendo de maneira brusca ou arredia a todo estímulo externo, mesmo que seja um simples comentário de um colega de trabalho ou uma demonstração de afeto do seu parceiro. 3
Ainda por conta do constante estado de alerta, provocado pela ação do estresse no sistema nervoso, você também pode ficar bastante ansioso quando estiver em um momento de crise. 2
Esse sintoma aparece porque está sempre preocupado e antecipando uma situação desagradável ou resultado adverso no dia a dia, acreditando que o pior está para acontecer e que terá que reagir prontamente quando um evento negativo ocorrer. 2
A fadiga é um sintoma de estresse que pode atingir tanto o corpo quanto a mente, devido ao desgaste que o estado prolongado de alerta provoca no sistema nervoso e muscular. 1
Para se manter pronto para reagir em caso de ameaça, o cérebro não repousa e mantém a musculatura tensa. 1
Consequentemente, quando essa situação permanece por períodos extensos, é comum sentir cansaço e indisposição, devido ao gasto de energia e ao desgaste natural ocasionado pela intensa atividade metabólica. 1
Apesar do estado elevado de atenção e alerta, a capacidade de concentração é prejudicada, pois é considerada como secundária ou desnecessária para a sobrevivência e preservação do bem-estar do indivíduo. 1
Quem sofre distúrbios desse tipo, em especial durante crises de estresse, tende a apresentar queda de produtividade, levando mais tempo do que o normal para executar determinadas tarefas. 1
Outro ponto importante é que a qualidade do trabalho pode piorar, pois a pessoa não consegue dar a devida atenção ao que foi pedido, tem dificuldade para acessar as próprias memórias e usar essas experiências no cotidiano e sofre grande indisposição, sem condições de se empenhar. 1
Os distúrbios do sono são extremamente comuns em quem sofre de transtorno de estresse e estão ligados a sensação de fadiga, irritabilidade, baixa imunidade e queda de produtividade ocasionada por quadros dessa natureza. 2
Com a mente e o corpo em permanente estado de alerta e tensão, fica impossível relaxar e ter uma noite de sono tranquila e reparadora, como é o ideal. 2
A princípio, o problema atrasa o início do repouso, ou seja, a pessoa só consegue dormir horas depois de se deitar, consequentemente, o tempo para o descanso vai ficando mais curto, o que, por sua vez impede que a pessoa atinja as oito horas de sono recomendadas para a manutenção do seu bem-estar. 4
Além disso, quem está estressado, geralmente, não é capaz de dormir profundamente. O sono fica leve e inquieto, despertando várias vezes ao longo da noite, com ou sem estímulos externos, como barulhos na rua, por exemplo. 4
Ao dormir pouco e sem descansar durante a noite, provavelmente irá sofrer também com sonolência excessiva durante o dia, o que também prejudica a produtividade, o foco e a reserva de energia para realizar as tarefas do cotidiano. 4
Assim como a irritabilidade, as alterações súbitas de humor também são sintomas de estresse bem conhecidos. Similar ao que acontece no transtorno bipolar, a pessoa não consegue processar adequadamente as emoções e os estímulos externos, o que gera desequilíbrio sentimental. 2
Nessas condições, é difícil se manter estável e bem-humorado. As sensações de tristeza, angústia, preocupação, irritação e desconforto tomam conta e afetam amplamente o temperamento e o caráter da pessoa ao longo do dia. 2
A atividade cerebral intensa produz estímulos constantes e o envio excessivo de sinais elétricos entre as áreas do sistema nervoso, atingindo um estado de exaustão que pode exigir uma reação do sistema imune, levando a inflamações e, consequentemente, a crises de dor de cabeça (enxaqueca). 2
O sintoma também se relaciona com o estado de tensão muscular extrema, que pode espalhar o desconforto para outras áreas do corpo. 2
Em situações como essa, também é comum apresentar aumento da sensibilidade sensorial. Estímulos sonoros, visuais, principalmente luzes fortes e piscantes, olfativos e táteis podem gerar mais incômodo e fazer a dor de cabeça ficar mais intensa. 2
Como mencionado, os sintomas de estresse podem atingir todos os sistemas que formam o corpo humano. Além das queixas mais frequentes, apresentadas nos tópicos anteriores, também vale destacar sinais mais raros, que podem se relacionar com esse transtorno. São eles 1 2:
Em geral, esses problemas ocorrem porque as funções biológicas que coordenam as diferentes áreas do organismo estão em segundo plano, enquanto o cérebro mantém o estado de alerta e a atividade do corpo em modo de sobrevivência.
A evolução dos sintomas de estresse acontece em três fases principais: alerta, resistência e exaustão. Cada uma delas reúne desconfortos associados ao evento causador do transtorno e a reação do organismo para lidar com a possibilidade de ameaça. 3
A fase de alerta é aquela que acontece assim que se tem contato com o trauma ou motivo do estresse ao longo da rotina. A atividade metabólica fica acelerada e o corpo aciona os mecanismos de sobrevivência para reagir prontamente, se for necessário. 3
Nesse estágio, sintomas possíveis são 3:
Em resumo, é a fase mais ativa dos sintomas, na qual o corpo sofre com as reações disfuncionais do organismo ao evento ou agente estressor. 3
Na fase de resistência, estamos tentando recuperar o equilíbrio, resolvendo o problema ou nos adaptando a ele. No entanto, os sistemas biológicos já foram atingidos e começam a apresentar os danos causados pelo transtorno. 3
Entre as queixas mais comuns da fase de resistência do estresse, podemos destacar 3:
A fase de exaustão está ligada aos danos de longo prazo causados pelo estresse, quando o bem-estar físico e mental está comprometido, necessitando de cuidados mais específicos para lidar com o transtorno, que possivelmente já se tornou crônico, bem como os sintomas secundários e problemas de saúde gerados por ele. 3
Os sintomas da fase de exaustão são 3:
Todas as fases do estresse apresentam riscos e perigos à saúde, mas é válido apontar que, ao atingir o estágio de exaustão, o impacto do transtorno para a manutenção e o funcionamento do organismo já atingiu níveis alarmantes, capaz de gerar complicações mais graves e sequelas de longo prazo, tanto para o bem-estar físico quanto psicológico. 3
Em todo caso, é essencial ficar atento ao que está sentindo, cuidando para que o corpo e a mente estejam em harmonia. Caso contrário, o estresse pode sim causar problemas sérios para a saúde, muito além do desequilíbrio emocional, que por si só já merece atenção e tratamento adequado. 3
Sem receber atenção adequada, os sintomas de estresse podem atingir um estágio crônico, prolongando os danos ao corpo por meses ou até anos. Nesses casos, o constante estado de alerta e o desgaste provocado pelo transtorno podem causar diversas complicações mais sérias, como veremos a seguir. 1
O estresse pode alterar o apetite, fazendo a pessoa se alimentar de forma irregular, comendo pouco, preferindo alimentos ultraprocessados e com baixo valor nutricional ou agindo de maneira compulsiva, comendo mais que o necessário. 1
Essas condições já podem desencadear problemas ao sistema digestivo, mas não são as únicas complicações desse tipo para o transtorno de estresse. Além delas, podem ocorrer 2:
Com a alteração no metabolismo, a atividade do trato gastrointestinal é colocada em segundo plano. Sem a manutenção adequada, o organismo perde a capacidade de funcionar corretamente. 1
Assim, além do mal-estar generalizado, ocorre uma diminuição severa no aproveitamento do valor nutricional dos alimentos, pois o organismo não consegue quebrar as moléculas e absorver vitaminas e minerais essenciais durante a digestão. 1
É preciso ainda mais cuidado quando a condição traumática leva a compulsão alimentar, favorecendo distúrbios como bulimia e anorexia, que comprometem ainda mais a qualidade de vida e a saúde do paciente. 3
A perda na qualidade do sono é um dos sintomas de estresse mais comuns. A mente e o corpo permanecem em alerta constante. Logo, não é possível relaxar e dormir tranquilamente a noite toda, pois qualquer estímulo pode gerar o despertar.2
Como mencionado, o atraso no início do repouso altera totalmente o ciclo de sono-vigília. Por conta do trabalho e outras responsabilidades diárias, temos de acordar sempre no mesmo horário. Assim, quando demoramos para pegar no sono, o tempo de descanso é drasticamente reduzido. 4
Consequentemente, no dia seguinte a uma noite maldormida, aumentam-se as chances de sofrer com sonolência excessiva, cansaço e dificuldade de concentração. Em casos raros, pode até desenvolver narcolepsia, condição que faz a pessoa dormir de maneira súbita e incontrolável. 4
A tensão persistente associada ao estresse crônico pode causar danos prolongados ao sistema musculoesquelético. Quem sofre desse problema pode apresentar dores crônicas pelo corpo, principalmente nas articulações, braços, pernas, ombros e pescoço. 1
A musculatura tensionada e comprimida pode atrofiar, causando nós, inflamações e muitas outras condições dolorosas. Em certas ocasiões, o estresse pode ser associado a quadros de fibromialgia, enxaqueca tensional e maior incidência de lesões. 1
O transtorno de estresse pode ser um agravante de distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e o transtorno obsessivo-compulsivo. O equilíbrio hormonal do sistema nervoso é prejudicado pelo estado permanente de alerta, gerando preocupação, angústia, tristeza e hipersensibilidade emocional. 2
Ao vivenciar traumas ou mesmo uma rotina com muita pressão, o desgaste mental é equivalente ao físico. É comum perder o controle e o equilíbrio dos sentimentos e emoções, antecipando ameaças e situações negativas, mesmo quando há risco mínimo delas se tornarem realidade. 2
O tratamento psicológico é altamente indicado para lidar com crises agudas e crônicas de estresse, auxiliando na prevenção de distúrbios adicionais. 2
A saúde do sistema cardiovascular sofre muito com o estresse, pois o transtorno acelera os batimentos do coração, eleva a pressão arterial e aumenta o fluxo de sangue e oxigênio pelo corpo, para acionar o mecanismo de sobrevivência e o instinto de fuga ou luta, essencial para situações de risco. 1
Como o estresse é uma condição disfuncional, que normalmente não apresenta ameaça imediata ao bem-estar, toda essa atividade gera, desnecessariamente, exaustão e desgaste aos sistemas cardíaco, vascular e respiratório. 1
Assim, há mais chances de desenvolver problemas crônicos e agudos nessas áreas, principalmente hipertensão, arritmia, taquicardia, infarto, derrame e insuficiência respiratória. 1
Em alguns casos, o estresse pode desencadear comportamentos compulsivos. Nessas condições, o excesso de apetite aumenta a ingestão de calorias, eventualmente provocando um ganho excessivo de peso. 1
O risco é maior quando as refeições apresentam baixo valor nutricional, priorizando alimentos gordurosos e ultraprocessados, que são mais difíceis de digerir e podem elevar o colesterol, provocar o entupimento das artérias e gerar outras condições desagradáveis. 1
O transtorno de estresse pode prejudicar bastante a capacidade do organismo de combater patógenos e infecções. 5
A manutenção da imunidade alta depende da ingestão regular de vitaminas e minerais essenciais, além do bom funcionamento metabólico e sono de qualidade, que ajuda a regenerar tecidos danificados e produzir células de defesa e anticorpos. 5
É muito comum perceber um aumento na frequência de gripes, resfriados e outras infecções similares, quando apresenta quadros de estresse, depressão, ansiedade e insônia, pois essas condições impactam severamente o sistema imunológico. 5
Conforme apontado, o transtorno pode gerar complicações adicionais e prejudicar a saúde de diferentes maneiras, incluindo 1:
É praticamente impossível prevenir completamente a vivência de traumas e situações estressantes. Porém, podemos perfeitamente controlar como esses eventos impactam nosso bem-estar, gerenciando o nível de estresse para que ele permaneça em condições funcionais. 1
Para isso, é recomendado 1 2 3:
Os sintomas de estresse podem surgir aos poucos ou de uma hora para outra, impactando diferentes áreas da sua vida, prejudicando a saúde física e a emocional. É preciso ficar atento aos sinais de alerta e praticar o autocuidado, evitando que a situação se agrave. 1
Agora que você já conhece as principais ameaças e riscos associados ao transtorno, é muito importante adotar medidas para reduzir a pressão e a tensão do dia a dia. Busque equilibrar esses eventos negativos, sobre os quais não tem controle, com situações que dependem somente de você, como praticar atividades relaxantes e prazerosas ao longo da rotina. 1
Não se esqueça de contar com sua rede de apoio para lidar com a situação. Pedir ajuda nesses momentos não deve ser enfrentado como sinal de fraqueza, é a forma mais realista de reconhecer suas dificuldades e recuperar as forças para sair desse cenário. 2
Com isso, vamos ficar por aqui. Esperamos que tenha gostado do post. Caso tenha achado as informações úteis, compartilhe com seus amigos e familiares. Até a próxima!
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